Este post foi uma sugestão do Charlie (Deko, acostumem-se, pois só vou chamá-lo assim hhe).
Na verdade, ele sugeriu que eu só escrevesse, mas resolvi publicar, quem sabe sirva pra mais alguém além de mim?
É uma história triste, mas com final feliz. Sim, porque eu só gosto de finais felizes... :)

Sexta-feira, dia 26/06/09, meus pais, irmãs, sobrinho, gato, papaio e cachorro fomos para a chácara da família em Atibaia-SP, pois no dia seguinte meu pai faria 53 anos.
Foi muito bom, descansamos, rimos, fizemos churrasco com vinagrete e tudo o que se tem direito.
Porém, no domingo, acordei por volta das 6h ouvindo minha mãe chorar. Perguntei ao meu cunhado o que estava acontecendo e ele respondeu: "Ela vomitou sangue".
Arrumamos nossas malas e fomos pra São Paulo.
No caminho até o hospital, meu pai dirigindo a quase 100km/h, me preocupei em mantê-la conversando comigo, pra eu saber que estava tudo bem.
Em um determinado momento, ela parou de respirar e me olhava como se não estivesse me vendo. Pensei: "Deus, você não pode deixar minha mãe morrer em meus braços, é crueldade demais!". Foi aí que ela vomitou mais sangue... muito sangue... puro sangue... sujou o chão do carro, nossas roupas, tudo. Nunca vi nada tão terrível em toda a vida.
Chegamos ao hospital e, ao sair do carro, ela desmaiou.
Levaram-na para o PS em estado de quase parada cardíaca, pois os batimentos estavam muito fracos e a pressão arterial muito baixa.
Foi nesse momento que eu desabei. Chorei. Mais do que eu conseguia. Perguntava à Deus por que eu, por que ele me preparou uma coisa dessas.
Mas eu descobri e hoje tudo faz sentido. Há quatro anos passei por uma depressão profunda. Tinha medo de doenças, de sangue. E agora, praticamente curada, passei por isso pra perceber que as coisas não são como a gente imagina. E, principalmente, pra eu perceber que sou muito mais forte do que acreditava ser.
Minha mãe foi diagnosticada com uma gastrite, que virou erosão e causou todo o sangramento.
Ela teve que tomar duas bolsas de sangue, porque a hemoglobina caiu de 14 para 7.
Mas teve alta hoje, após 5 dias internada.
Sei lá, este post é uma mensagem de otimismo. A gente precisa sempre ter fé e não questionar por que nós. Sempre há um motivo.
A gente não está nesta vida a passeio. Todos temos lições a aprender. As minhas eu comecei a descobrir agora, após 27 anos. Mas nunca é tarde.
:)

2 comentários:

Hey Lu, que bacana... espero que realmente tenha surtido o efeito que eu esperava... fiquei muito feliz em ver sua força :)

E como sempre estou por aqui!

isso que é importante!
crescemos, mas continuamos sempre aprendendo!

beijão, lu!

Autores

Lu Vedovato [AKA Tuelha]
28 anos, 1 ano e poucos casada com o Cazé, economista, pseudo-paulistana e muito, muito nerd. Anda de ônibus lendo livro e, em casa, lê jornais pela internet e revistas de papel mesmo. Gosta de rock, pop e clássico. Descobriu um grande prazer na arte de dirigir, karts em especial. Adora F1, mas não acorda de madrugada pra assistir aos GPs. Chora até em comercial de margarina. Faz terapia. Adora a vida e os amigos que ela conquistou e vai conquistar nesta longa jornada.

Nan
23 anos de crises constantes. Ficando pra tia. Não consegue terminar a faculdade (mas dessa vez está se esforçando de verdade). Ama ler. Compulsiva por livros, compra no mínimo 1 por mês (e lê e relê tudo que tem!). Ama a família e os muitos amigos espalhados pelos 4 cantos do globo. Adora música e cinema. Eterna curiosa sobre esses assuntos. Hitchcock é o diretor preferido. Tem uma tatuagem da Dave Matthews band. Planos de se mandar do país por tempo indeterminado.

André [AKA Charlie / Deko]
30 Anos. Indo audaciosamente onde nenhum André jamais esteve. Um eterno sonhador, que sonhou tanto que ao acordar de repente se viu às portas da maturidade, com muita coisa pra ter sido feita durante o caminho. Como não dá mais pra aproveitar o que está atrás. Vou correr para curtir cada segundo do que tenho pela frente.
Nerd, as vezes praticante, mas assumido. Sei diferenciar um Klingon de um Ewok. E rio de 95% das piadas de 'The Big Bang Theory' por entender...
Trabalhando como educador na área de informática, vejo e vivencio coisas que muita gente duvida. E ainda me lembro que queria ser quando eu crescesse. Só que eu cresci... e agora?