" Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e o sol e o luar,
Então acredito nEle,
Então acredito nEle a toda hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si-próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda hora."

[Fernando Pessoa/Alberto Caeiro]


Simplesmente perfeito.

E começa tudo de novo!

Com 2 semanas de atraso. Se tudo der certo, estarei de férias dia 23 de dezembro! Ai ai.

É muito duro crescer e ter tantas responsabilidades.
E agora?

Toda família tem um lado tragi-cômico que serve de base para as novelas das 20h. Posso falar da minha.
Somos em cinco pessoas: meus pais, Sarah e Antonio Carlos, e minhas duas irmãs, Giuliana, a mais velha, e Elizabeth, a caçula.
Temos também os agregados: Geléia (marido da Giuliana, com quem ela teve o Victhor, que hoje está com três anos), o Cazé (meu amado esposo) e Lucas (namorado da Beth).
Como toda família italiana, falamos ao mesmo tempo e muito alto. Parece casa de gente louca. Falar ao telefone, com todos reunidos? Impossível.
Somos muito dramáticos também. Tudo pra gente é motivo de chorar. Até comercial de margarina. O único que não chora é meu pai. Afinal, ele disse que macho não chora, não na frente de todo mundo.
Um típico exemplo desse drama todo foi o que aconteceu hoje, sábado.
Liguei para minha mãe, que estava na chácara da família:
Eu: - Oi mãe!
Ela: - Oi filha! E aí, o que vocês vão fazer hoje?
Eu: - Nada, o Cazé vai jogar tênis.
Ela: - Hoje? Mas hoje não é dia de jogar tênis.
Eu: - Tudo bem, não me importo.
Ela: - Ah, claro que se importa!
Eu: - Não me importo não!
Ela: - Se importa sim!
Eu: - Você quer saber melhor do que eu o que me importa?
Ela: - Hmpf.

Pois é.
E assim vamos indo, caminhando e cantando e seguindo a canção.
:P

Autores

Lu Vedovato [AKA Tuelha]
28 anos, 1 ano e poucos casada com o Cazé, economista, pseudo-paulistana e muito, muito nerd. Anda de ônibus lendo livro e, em casa, lê jornais pela internet e revistas de papel mesmo. Gosta de rock, pop e clássico. Descobriu um grande prazer na arte de dirigir, karts em especial. Adora F1, mas não acorda de madrugada pra assistir aos GPs. Chora até em comercial de margarina. Faz terapia. Adora a vida e os amigos que ela conquistou e vai conquistar nesta longa jornada.

Nan
23 anos de crises constantes. Ficando pra tia. Não consegue terminar a faculdade (mas dessa vez está se esforçando de verdade). Ama ler. Compulsiva por livros, compra no mínimo 1 por mês (e lê e relê tudo que tem!). Ama a família e os muitos amigos espalhados pelos 4 cantos do globo. Adora música e cinema. Eterna curiosa sobre esses assuntos. Hitchcock é o diretor preferido. Tem uma tatuagem da Dave Matthews band. Planos de se mandar do país por tempo indeterminado.

André [AKA Charlie / Deko]
30 Anos. Indo audaciosamente onde nenhum André jamais esteve. Um eterno sonhador, que sonhou tanto que ao acordar de repente se viu às portas da maturidade, com muita coisa pra ter sido feita durante o caminho. Como não dá mais pra aproveitar o que está atrás. Vou correr para curtir cada segundo do que tenho pela frente.
Nerd, as vezes praticante, mas assumido. Sei diferenciar um Klingon de um Ewok. E rio de 95% das piadas de 'The Big Bang Theory' por entender...
Trabalhando como educador na área de informática, vejo e vivencio coisas que muita gente duvida. E ainda me lembro que queria ser quando eu crescesse. Só que eu cresci... e agora?